O site VC Futsal, de Portugal, veio ao Brasil com o intuito de encurtar distâncias com os atletas brazucas, e falou com o goleiro Kleber Grund, do Serrana Futsal (SP). Confira abaixo, a entrevista na íntegra:
VC – Kléber, muito
obrigado por esta recepção calorosa, e começamos a nossa entrevista
perguntando-te onde iniciaste a tua vida no futsal?
KG - Comecei
aos oito anos, num clube próximo da minha casa, e sempre como
guarda-redes, e desde então as coisas foram acontecendo naturalmente,
posso dizer que futsal e ser guarda- redes sempre foram as minhas
grandes paixões, e desde bem pequeno estas paixões corriam nas minha
veias.
VC - Em que clubes jogaste e os quais contribuíram para a tua formação como jogador?
KG - Joguei no CA Juventus-SP, onde conquistei quatro títulos e
prémios individuais, começou ali a trajetória rumo a um futuro
profissional, depois passei por São Paulo FC/Barueri, onde
conquistamos mais um título, depois veio a oportunidade de jogar no
litoral paulista na equipe da AAPG, onde aprendi muito com o professor
Paulo Ramos, e depois tive uma breve passagem pelo SC Corinthians.
VC - E em que circunstâncias se dá a tua saída do Brasil?
KG - Estava a atuar no Palmeiras, onde já havia conquistado dois
títulos , ai veio o convite do GD Boticas de Portugal, através do então
presidente Paulo, que por intermédio de outro brasileiro, Murilo,
conversamos e chegamos a um acordo. Passei uma época no Boticas em
2009/2010, onde ficamos em sexto no campeonato português da primeira
divisão e em terceiro da Taça de Portugal, tive a oportunidade de ter
sido eleito, o melhor guarda-redes do primeiro turno dessa época,
segundo pesquisa do site SCN.
VC - O que pensas do futsal português?
KG - É um futsal extremamente competitivo e com muitos jogadores de
qualidade, uma liga de muito bom nível, mas penso que o investimento no
desporto e na modalidade futsal deveria ter mais apoio dos
governantes de cada localidade, pois o povo português adora o futsal.
VC – Conta-nos então, em que clubes também jogaste em Portugal?
KG - Na temporada 2010/2011, atuando pelo Clube Operário Desportivo,
fomos vice-campeões da segunda divisão e conquistamos o inédito acesso
à divisão de honra, vivi um momento muito especial pois entrei para
a história dessa equipa. E junto com isso veio a amizade com muitos
atletas dessa equipa, para além claro de outros jogadores que conhecemos
e trabalhamos nesses dois anos em Portugal.
VC - Só jogaste em Portugal nas tuas experiências fora do brasil?
KG - Sim, já tive convites para atuar em outros países, mas por algumas
circunstâncias do momento, acabei por não aceitar os convites.
VC – Em que circunstâncias se dá a tua saída de Portugal e que cores representas hoje?
KG - Saí de Portugal por não chegarmos a um acordo financeiro. Hoje
estou no Serrana Futsal, do interior de São Paulo, uma das equipes mais
fortes do Estado, onde na última época de 2014, conquistamos 5 títulos,
campeão da taça EPTV ( TV Globo ), campeão dos Jogos regionais,
campeão da copa Record ( Tv Record ), campeão da copa dos campeões da
Record ( Tv Record ) e campeão do troféu Piratininga F.P.F.S. tendo
também alguns prémios individuais.
VC- Que sonhos ainda tens no futsal?
KG- Costumo viver muito o dia a dia, e com certeza os sonhos existem,
de entre eles está o de continuar a conquistar títulos importantes e
um dia poder retornar à Europa, numa proposta que seja realmente boa
para todos, e gostaria muito que fosse em Portugal, pois adoro essa
terra, infelizmente desde a minha volta ao Brasil, já tive quatro
convites para retornar a Portugal , mas não chegamos a um acordo bom
para ambas as partes.
VC - Tens jogadores referência na tua profissão?
KG - Gosto muito do guarda-redes Thiago da seleção brasileira, além de
grande profissional, vencedor ao extremo, é uma pessoa muito humilde.
Um exemplo a ser seguido.
VC - Estamos chegar perto do fim, mas desafiava-te a contares uma historia curiosa da tua vida de futsal.
KG - Quando cheguei em Portugal, logo no aeroporto do Porto, assim que
encontrei o presidente, começamos a conversar e eu não entendia nada
do que ele falava, apesar de falarmos o mesmo idioma (o português),
ele falava muito rápido e num tom baixo. Foi complicado no início, eu
só dizia "É verdade ", "Sim", mesmo sem entender nada do que ele
estava a dizer. Hoje com a convivência que tive com o povo português,
consigo entender tudo tranquilamente.
VC - Para concluirmos esta entrevista queres deixar alguma mensagem aos leitores da VC Futsal?
KG - Amigos da VC Futsal, agradeço a oportunidade de poder contar um
pouco da minha história vitoriosa no futsal, desejo a vocês ainda
mais sucesso nesse trabalho maravilhoso de divulgar a modalidade mais
praticada no mundo, o nosso futsal, um grande abraço a todos os amantes
do futsal .
Por Paulo Rosa - editor VC Futsal - com o apoio Liz Sport
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